Sunday, May 18, 2008

A Menina que inventava histórias.

Era uma vez uma menina que inventava histórias antes de dormir.Seu nome era clara
Todas as noites,depois que a sua mãe a colocava pra dormir Clara fechava os olhos e criava todo o tipo de história possíveis.Gostava disso,era como se fosse seu mundo particular onde tudo podia acontecer e tudo podia ser da forma que Clara gostava.E ela inventava mundos,vidas,formas,cores.Era tudo encantador,magnifico.E no outro dia Clara acordava sorrindo,se lembrando da história anterior.
Um dia até pensou que poderia ser escritora e colocar em livros tudo que inventava.
Clara foi crescendo,mas o hábito de inventar histórias não.Elas continuavam frequentes nas noites de Clara,e mesmo naquelas noites em que ela chegava cansada e queria dormir,havia uma história ainda que curta.Era uma necessidade de Clara.
Com o passar dos anos as histórias de Clara começaram a seguir um rumo diferente,e viu que em todas as suas histórias havia tristeza em excesso.Sentiu medo.Será que tenho algum problema?-Pensava Clara ao se lembras das histórias inventadas.Pensou em contar pra alguém,mas quem daria ouvidos a uma história dessas?Quem se preocuparia em entender uma menina que inventava histórias antes de dormir?Pensou melhor e resolveu que aquilo seria um segredo dela e das noites que presenciavam as histórias de Clara.
Algumas vezes Clara sentava no quintal e contava história para as estrelas.Elas todas eram uma platéia ótima,silenciosa e não reclmariam jamais da sua melancolia.
Porém,eu hoje venho revelar as vocês o por que de Clara imaginar tanta melancolia em suas histórias.E a verdade é: Clara nunca havia se apaixonado,e mais,Clara nunca havia conhecido uma dor amor.
Sei que muitos,ao ouvirem isso se perguntam: Mas é tão ruim assim não sentir a dor do amor?
E eu respondo: Sim,é horrível.
Respondo porque por anos vivi dentro de Clara.Quero me apresentar agora a vocês:Muito prazer,sou a Alma de Clara.
E agora sei que podem entendem melhor o porque de eu saber essa história tão particular de uma menina indentadora de história noturnas.É porque sou a Alma,sou a única que ouvia as histórias de Clara,e vou confessar-lhes uma coisa,sou eu a culpada dessa menina ter inventado tantas histórias ao longo de suas madrugadas mal dormidas.Mas vou explicando-me,as histórias de Clara me enchiam de vida,e assim deixavam a menina cheia de vida também,por isso fiz com que Clara continuasse a inventar suas histórias para me contar.
Mas,agora que me apresentei e até me confessei,volto ao que interessa: A dor de amor não sentida por Clara.
Ela tinha 15 anos,e todas as suas amigas do colégio haviam sentido essa dor de amor.Todas as amigas sabiam o que era chorar por alguém,o que era gostar de alguém e esse alguém não corresponder.Mas Clara não.Pensou que tudo era coisa de tempo,e que era melhor assim.
Mas passou o tempo,e ela nada sentia.Nem uma lágrima sequer tinha sido derramada por alguém.Começou então seus pequenos romances.Foram poucos e curtos.E clara nada sentiu por nenhum deles,ao contrário foi ela que os fez sentir aquela dor de ser deixado por alguém que se ama.E então essa dor nunca sentida começou a ser imaginada por Clara nas suas histórias,e isso se tornou um vicio.Todas as noites Clara sentia uma ansia de se deitar e inventar novas histórias com lágrimas e finais trágicos.Digo a vocês que senti medo,essa história faziam de mim pequena,sem vida..e vocês devem imaginar que a menina também.
Clara sentia-se amaldiçoada,afinal todas as pessoas ao redor falavam sobre amor,e sobre a dor.
E ela nunca havia sentido nenhum dos dois,nem uma pitadinha sequer.Se sentia estranha,fora de órbita,coisa de outro mundo.Por vezes desejei que Clara voltasse a inventar histórias que nos enchesse de vida,mas não aconteceu.
O que aconteceu,foi justamente ao contrário.
Um dia Clara deu por si que estava chorando,sozinha em seu quarto escutando uma música.Sentia uma coisa estranha dentro do peito,uma dor que não era nada parecida com aquelas que se curam com médicos e remédios.Parecia que toda sua vida havia sido sugada.E em seu pensamento só havia um único alguém: ele.
Ele que roubou durante um tempo a vida da minha menina Clara.Era bonito,e todas as meninas achavam o mesmo.Dizia coisas que faziam com que Clara se sentisse amada.Até o dia em que Clara percebeu que ele dizia aquilo a muitas,e não quis aceitar aquilo.
Pois é meninos e meninas,a dor do amor apareceu para Clara.Era uma das dores mais comuns que pegavam as meninas,e acredito que muitas das que vão ler a história de Clara vão ter passado por isso.
Na noite em que Clara chorou,se viu dentro de suas histórias inventadas,e pensou que poderia estar louca.Lembrou que nos livros de Mary poppins,as crianças sempre vivam coisas que sonhavam,e que no dia seguinte não sabiam mesmo se tinham vivido ou só sonhado.Se sentiu assim.
Clara sentiu medo das suas histórias inventadas,e depois de tanto desejar sentir aquela dor de amor,o que mais deseja era sumir com aquilo de vez de dentro dela.Era tudo confusso demais pra uma menina de 15 anos que inventava histórias.Estava vivendo,e não inventando.
Passaram-se dias,e Clara pensou que as suas histórias poderiam ser as culpadas por aquela dor tão grande.E deixou de inventa-las.Eu pensei que talvez fosse passageiro,mas não foi.
Clara abandonou de vez as histórias inventadas nas madrugadas,e assim,me abandonou também.Eram suas histórias que me traziam vida,e foram suas histórias que me levaram a morte.Peço desculpas á vocês pelo meu tom de melancolia ao expor a história de Clara,mas é que acabei me acostumando a esse sentimento com a menina,e agora vos digo que até dessa melancolia sinto falta.E muitos podem me perguntar afinal,pra que é que eu fui contar a história de Clara...E eu digo que contei,porque tenho esperança que existam no mundo mais meninas inventadoras de histórias noturnas,mas mais do que isso tenho esperança de que Clara,a minha menina inventadora de histórias noturnas volte a inventa-las alegremente para mim.
Depois de contar essa história,pelo licença a vocês para deixar um recado.

Peço a você,menina Clara que inventava histórias noturnas e que as contava as estrelas que se ler a sua história não fique brava comigo.E Peço para que se puder voltar a inventar histórias noturnas,ainda que curtinhas,volte.Era incrível a cor que suas histórias da infância traziam a mim e a você.
Um abraço cheio de histórias inventadas e de uma saudade incomum.
Sua alma.

16 comments:

Camila said...

Eeeeee o comentário foi pequeno mas o post foi enorme!
HAHAHAH

mas foi linda a história!
vc é praticmanete a clara Jeh!


I love you so much! hahaha
Beautiful Girl!

Línguas Ferinas! said...

Oie...

Amei a historia..
mto fofa...

beijão!

srta ackles

Camila said...

Ah adooorei o texto! Assino embaixo também!!! \O/

a normalidade me estranha! hahahaha

e eu já procurei outra... a minha disse pra eu tomar uns remédios e mandou eu fazer exame de urina!
JÁ FIZ 5!!! e ela fala
É INFECÇÃO MSMO..
tonta!.. marquei horaário com outra já! E se ela não resolver vou em um HOMEM! hahhahaha

I love you flower

Ariana Coimbra said...

História perfeita!
Tu escreve mto bem, parabéns!

Amei seu blog!

Beijo*

Aline Romero said...

Menina... Que coisa mais melancolica! Que comovente!
Confesso que me assustei com o tamanho do texto e vacilei um pouco ao começar de ler. Mas logo, fuitão fortemente envolvida peloas dores não sentidas de Clara... Eu, escritora de notas noturnas, inventadora de histórias sem sentido, vivi junto com clara, e compadeco-me pela alma de pobrezinha.
O amor é lindo, mas é trágico...
Poxa, que triste!
:(
(O que não qur dizer que o texto é ruim)
^^
Lindo!
Bjo, moça...
Apareça mais vezes no meu canto, tá?
Bjo!

Aline Romero said...

(Só pra visar que te linkei! :])

Anonymous said...

Olá, passei aqui pq vi seu comentário no blog da minha amiga Livia e fiquei curioso.
Ainda estou olhando, lendo... conhecendo teu blog, mas já quero deixar escrito que achei fascinante o uso que vc faz das palavras.
Vc pelo visto não apenas gosta e sabe escrever, mas tb se entende mto bem com idéias, letras e palavras.. parabéns, excelente o seu blog!! =]

Nadezhda said...

O começo está até que bem parecido comigo.

Obrigada pela visita, e fique à vontade para voltar sempre que se identificar com o que escrevo. Afinal, é legal saber que alguém tbm pensa assim. (Não tão legal quando são coisas 'tristes' né)

;)

Camila said...

ah floooor dinadiinha

E VC ORGANIZOOU O SELINHO SIM!
hahahahahah..

jessy... saudades de voce flor
JÁ TE CONTEI QUE A ROSI TÁ FAZENDO ESTÁGIO?

Mafê Probst said...

Contar histórias é bom. Dor de amor não.

Filipe Garcia said...

Sim, menina da Alma bonita, volte a escrever histórias. Mas não se perca em fantasias, isso pode fazer doer demais...

Beijos!

Regiane K. Freitas said...

Gostei muito do seu blog!!!
Esta muito legal!
Parabéns

Camila said...

ah floooor
ele melhorou já..
não sei direito o que ele teve mas eu logo logo saberei! =]

Isabela Kanupp said...

Tu quem escreveu isso é?
Que medo jéh! o_O


Esses dias ouvi a 'nossa' música...3 garotas na calçada e tál!=)
Da uma nostalgia...


Beijos

Igor Lessa said...

Acho que, por um lado, a Clara estava certa em querer viver essa experiência de dor de amor, porque as coisas que se aprende com isso são indispensáveis... Por outro, Clara caiu no maior erro que as pessoas caem, e algumas não voltam, que é o encantamento pela vida. As pessoas têm direito legítimo a um tempo de luto, mas se elas permitem-se não amar, não chorar, não criar, não viver mais com a poesia que colore a alma, tornam-se cínicos com o tempo, sendo infelizes e fazendo os outros infelizes.
Espero que a Clara se recupere logo!

Lindo texto, viu! =]

Valeu pela visita! ;)
Volte mais vezes!
Até!


Olhando Pra Grama - Crônicas de um ansioso

Camila said...

vc ganhou mais 4 mimooos!
sakdhfpoiduasoihr

LINDAA VAI LÁ VER